quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Conan Times Final Report

AAAAAAAAAAAAAARRRGH


Quase lá

Semana que vem voltamos à programação normal!!!!!!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Conan Times Report

Estou vivo. Trabalhando até 11 da noite, respondendo a 200-240 emails por dia, apanhando igual cachorro, o blog está em coma controlado (mas vivo) com data para ressucitar. Me deram um soro zumbificador que faz efeito até dia 4 de fevereiro. Por algum motivo inexplicável só consigo escutar Pavement. Aliás, escute Pavement.

Peguei o carro e dirigi até Twin Peaks (também conhecida como São João Del Rey) e toquei um dos melhores shows da minha vida. Saí do palco semi morto e parecendo que caí em uma piscina - com guitarra e tudo. Deu um Ctrl-Alt-Del na minha cabeça que já se encheu de novo. Mas essas coisas garantem minha sanidade. Ou não.

escrito no Palm correndo entre reuniões

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

It´s Conan Time Again

Meu gerente está e férias e sobrou para mim. Estou recebendo dois emails por minuto, literalmente. Sobre assuntos que eu não estou por dentro e para tomar decisões que eu nunca tive que tomar antes. Até o fim de Janeiro esse blog vai andar devagar, mas vou tentar não parar de tudo. Ou não. Fiz um arquivo chamado sanidade.xls com as pendências para poder sobreviver. Mais ou menos.

Sorte para mim.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Construidor de altares

Um dos membros do Neurosis (uma banda from hell e muito boa que eu já defini uma vez como o "Fugazi do metal") com outros camaradas de bandas bacanas (Melvins, St. Vitus etc) fizeram uma espécie de "super grupo" do doom metal chamado Shrinebuilder que ainda não lançou nada mas que pelos envolvidos provavelmente vai fazer coisa boa. Mas legal mesmo é que ao mesmo tempo o rapaiz do Neurosis (Scott Kelly) começou um blog para falar da experiência... mas ele leva o blog dele com liberdade total, e até hoje não postou nada sobre a banda em si, mas pensamentos aleatórios, experiências de vida, e até contos. O bacana é que vai saber porque mas o cara escreve muito bem e eu achei o blog muito bacana. We burn through the night!

http://weburnthroughthenight.blogspot.com/

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

We're the Pistols no one likes us and we don't care

Escuto frequentemente música derivada do punk mas já tem algum tempo que eu não ando em uma fase punk crássico. Me reconectei com esse som a pouco tempo quando lembrei o quanto o BOM punk no fundo é um gigantesco FODA-SE. E é um foda-se dos bons, um foda-se natural e necessário e dito com vontade. Todo mundo que tem olha para o mundo e sente uma grande falta de paciência com tantas idéias e convenções e regrinhas e conclusões prontas e é porque é e faça porque tem que fazer tem um pouco de punk em si. E todo mundo que colocou esse sentimento em música deve algo aos Sex Pistols. Eu escuto esse foda-se hoje quando escuto Northern Light - que toca electro - e quando escuto os Liars. Eu escuto esse foda-se quando escuto Dizzee Rascal e se bobear até na Amy Winehouse. Eu NÃO escuto esse foda-se quando escuto, tipo, Offspring. O verdadeiro punk não está na superfície.

Foram uma banda montada? Foram sim, mas com genialidade. INCLUSIVE comercial porque fez um bocado de grana picaretando as gravadoras assinando contratos e recebendo multas recisórias porque ninguém aguentava segurar as merdas deles - e ainda por cima documentaram isso na cara na música EMI e no (obrigatório) filme The Great Rock and Roll Swindle. Os Pistols fizeram tudo errado na hora certa e foram relevantes não só para o rock, mas para a cultura e por extensão lógica a sociedade.

Sabe aquela imagem icônica do punk de cabelo colorido espetado e colorido? Esses são os Pistols, não os Ramones. A banda não tocava em casas de show, mas em qualquer outro lugar, incluindo prisões e hospícios. A primeira vez que palavrões foram ditos na história da TV britânica foi em uma entrevista com eles, que pelas notícias de jornal foi o nascimento do punk para o grande público (e a maldiçãd dos Ramones por associação, que estavam meio que estourando com Sheena e foram sabotados nas rádios). Você imagina uma banda hoje chegar ao número 1 da Billboard e a parada ser publicada com o número 1 EM BRANCO? Era nesse naipe, e hoje isso não acontece mais, em parte porque os caras dos Sex Pistols (mais de um vez) já tomaram facada na rua por isso.
Conheço bandas mais pesadas, rebeldes, radicais e polêmicas que os Sex Pistols, mas não com tanta inteligência e ironia e nem de longe conseguiram marcar ou ser tão relevantes. Fenômeno desses é um a cada 20 anos. E olhe lá.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Da Série Random Music - Stand Up Tall

Tem duas correntes bacanas acontecendo no hip hop hoje (e umas 54 correntes horríveis): uma é o hip hop com pé no soul que tende a ser bem trabalhado e estiloso e vem primariamente de artistas americanos - Kanye West, Lupe Fiasco, Wale, Q-Tip - e o grime. Se quiser entender direito entre neste link, mas resumindo um bocado, grime é a variedade do hip hop feito quase que só na Inglaterra que usa batidas muito mais insanas e aceleradas e trabalhadas e quebradonas e sonoridades bem mais experimentais nos samplers. Costuma ser música com umas batidas quebradonas tipo Chemical Brothers e sintetizadores mais graves que sua caixa aguenta mandando uns arranjos bem sinistros enquanto um MC canta de maneira muito rápida (até para o rap) por cima. Ou seja, comanda demais o batatal.

O grime ainda é tido como um estilo underground, mas o cara que chegou mais próximo de popularizá-lo é um camarada sujeira do lado pobre de Londres que literalmente deixou o crime por causa da música chamado Dylan Mills ou, para o público, Dizzee Rascal. Antes membro do Roll Deep (que junto com So Solid Crew teve muito crédito em estabelecer os alicerces do grime) o camarada - que é tanto produtor quanto mc, ou seja, basicamente faz tudo sozinho - já ganhou um bocado enorme de respeito com o primeiro disco e continua lenta e gradualmente subindo até hoje. Quem é mais espertinho já sacou que não tem nada mais legal acontecendo no hip hop em 2008.

Porque o Dizzee comanda? Porque é literalmente um puta de um artista. Independente do estilo de música. Aliás, independente de trabalhar com música. Isso significa que tem visão e personalidade, tem talento e não tem medo de porra nenhuma. As letras são total desesperantes e mapeiam a infância e juventude que ele (e boa parte do público) tem que passar: falta de direção, treta, envolvimento com crime, deprê, pau quebrando. E são cantadas de uma maneira intensa e rápida e com influência de ragga em uma voz totalmente incomum só que super legal (tem que ouvir, é inconfundível, você sempre sabe que é o Dizzee Rascal cantando). As batidas são grime na veia, nem sempre dançantes porque é muito louco e quebrado, mas sempre interessantes e fortaças na veia. E os arranjos tem desde guitarra death metal e barulho de videogame até música japonesa. Escutar o cd do Dizzee Rascal é basicamente entrar em um mundo novo. E tomara que o resto do hip hop preste atenção, ou vai comer muita poeira. Ignore se você gosta de rap, escute esse camarada se você gosta de música.

Mais fun fun fun e portanto mais acessível (comece por) - Maths + English
Melhor define o artista - Showtime
Mais sinistrão - Boy In Da Corner
Gostei e quero ouvir outro rapper legal no estilo - escute o Kano