sábado, 27 de agosto de 2011

The Buddha Machine

Já tinha ouvido falar nisso, é basicamente uma caixinha com cara de brinquedo que toca 9 loops diferentes de música eletrônica "espiritual" (criada pelo fm3 que são uns djs chineses) e de alguma maneira virou um fenômeno gigante e muito maior do que o previsto.
Pessoas carregam essa caixinha e usam para tudo durante o dia - no trabalho, na yoga, durante o nascimento dos filhos;
Pessoas compram várias caixinhas para combinar os loops;
Já apareceram mais de 200 remixes e já foram usados em mais de 10 filmes;
Bares estão comprando várias caixinhas e deixando os clientes combinarem os loops para fazer som ambiente.
O Kill Screen entrevistou os criadores, vale muito a leitura:
http://killscreendaily.com/articles/nirvana-noise-box
Isso é uma buddha machine:
http://www.amazon.com/Buddha-Machine-Fm3/dp/B000FGFCBG
É só isso que ela faz:
http://www.youtube.com/watch?v=Qp9-V3QSafA&feature=youtube_gdata_player
E essas são algumas coisas que fazem com ela:
http://m.youtube.com/#/results?q=buddha%20machine%20circuit%20bend

sábado, 20 de agosto de 2011

Aqui está sua encomenda dona

Estou escrevendo este post a pedido da Cláudia porque por algum motivo bizarro ela queria saber o que eu penso sobre o 30 Seconds To Mars. Depois de pensar um pouquinho e uma dosinha de Jack Daniels percebi que é um bom tema para se escrever e que no fundo é bom essa banda existir.

Segue uma lista de 5 utilidades para o 30 Seconds To Mars:

1-prova que egotrip de cocaína nunca dá em coisa boa.
Se alguém duvida que essa banda é basicamente a egotrip de um astro de cinema mais cara do mundo está lendo o blog errado.
E aliás foda-se a sua opinião sobre pó, já postei aqui antes que a minha opinião é essa aqui:

http://www.mitchclem.com/nothingnice/418/

2-prova que pensar em punk (tanto do ponto de vista visual como musical) em 2011 como algo transgressor é um grande erro.
Ponto de vista confirmado por aquele cantor de pagode que aparece em propaganda atrás de ônibus e tem um moicano vermelho (graças a Deus não sei o nome dele)

3-prova que basta exposição na mídia para tocar para um estádio lotado
E que para obtê-la basta $$$

4-prova que na cultura popularidade é muitas vezes inversamente proporcional à qualidade
Ver item #3

5-tomara que continuem passando muitos clipes deles e de bandas parecidas senão não teremos mais oportunidade de nos comportar como o Beavis e Butthead

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sombra Gêmea


Eu já tive minha fase adolescente rebelde radical cabeça fechada onde qualquer coisa de aproximasse do pop era um crime e só escutada por quem não consegue ter a mínima noção de música. A medida que a idade chega (e os fios de bigode branco, a miopia aumenta e acordar cedo no fim de semana não me dá mais vergonha) não venho me desinteressando por formas de música menos palatáveis e mais experimentais ou agressivas. Agora tenho que admitir que quem consegue (ênfase na palavra CONSEGUE porque é de fato uma missão dificílima - eu não sei se eu mesmo consigo) criar música:
  •  instantaneamente palatável
  • que desce fácil
  • é fácil de gostar
  • se canta junto na terceira vez que você escuta
  • é passível de ser colocada no carro com pessoas mais velhas ou em uma festa de família 


E não é farofeira, derivativa, enjoativa ou desinteressante são os verdadeiros mestres - pense no Michael Jackson.

O último camarada que conseguiu me dobrar neste quesito foi um maluco com cara de indiano-mais-negão-que-o-normal-dos-indianos (na verdade ele nasceu na república dominicana) chamado George Lewis Jr. que grava com o nome de Twin Shadow. Ele lançou o primeiro disco ano passado (chama-se Forget) e junto com Best Coast foi provavelmente a banda nova que mais ouvi em 2010. O que esse maluco tem de especial?

Primeiro: a voz do sujeito lembra muito a do David Bowie. E não é qualquer vocal do Bowie, é daquelas músicas pop mas com um toque dark/melancólico/austero e porque não, sexy (a música!! não a pessoa!!!) que o Bowie não faz mais. Dizer que o disco dele parece um disco novo do David Bowie só que MUITO FODA é ao mesmo tempo uma crítica (não tem como falar que é completamente inovador) e um puta elogio. Tem outra coisa que parece ser um saco no papel mas aqui de alguma maneira deu muito certo: é mais uma banda nova com pé nos anos 80. Apesar de isso já ter me dado no saco (os anos 80 são os novos 60, viraram a música default que todo mundo gosta), neste caso foi feito com tanto bom gosto que não me incomodou. Pelo contrário, me pareceu o que seria do pop dos anos 80 se ele tomasse um rumo mais sério, bonito e menos ridículo como em grande parte das vezes. 

Então, é um som mais feito em sintetizador do que tudo, apesar de soar razoavelmente orgânico; tem tudo no exato lugar e gera um clima muito gostoso de se ouvir em casa tomando um Jack Daniel's conversando com amigos ou dirigindo no carro com a cabeça cansada de fim do dia. Mas o melhor que eu posso dizer do disco é que é aqueles discos raríssimos em que eu gostei MUITO de TODAS as músicas logo na PRIMEIRA vez em que ouvi. E faz parte daqueles mais raros ainda em que voltei a ouvir ele (muitas e muitas vezes) e não perdeu nada da novidade e do clima. Não deixe de dar um play ali embaixo, claro que posso estar muito enganado mas não consigo imaginar ninguém não gostando dessa banda. 

A não ser que você seja um adolescente rebelde radical cabeça fechada que acha que qualquer coisa que se aproxima do pop é um crime e só escutada por quem não consegue ter a mínima noção de música.




sábado, 13 de agosto de 2011

Pombos


Não sei quanto à você, mas em relação à música eu sempre acho mais bacana trajetórias do que pontos.

Eu sempre acho bacana a sensação de acompanhar alguma banda (estilo/movimento/tendência) que você gosta, ver aquilo  mudar com o tempo, crescer (ou não), tomar direções inesperadas, fazer um disco com uma guinada que você não imaginou, ou que era exatamente o que você queria, ou que você detestou de início mas com o passar do tempo passou a fazer sentido - principalmente quando você vê um disco como um ponto de parada em um caminho e não somente como algo isolado em si mesmo - ou mesmo os casos tristes em que você percebe que desceu a ladeira mesmo (estou olhando para o Weezer agora).

E as trajetórias mais bacanas são as que geram algum tipo de salto maluco e difícil de ser antecipado. Radiohead no Ok Computer (e de novo no Kid A), Beach Boys no Pet Sounds, Blur no Modern Life, New Order no Low Life, a lista é infinita e infinitamente satisfatória.

O último caso super interessante foi o do Here We Go Magic, sem dúvida uma das bandas que mais ouvi desde a parada deste blog. Começou como um projeto onde um camarada chamado Luke Temple podia pegar sua guitarra e compor algumas músicas indie-folk bonitas e um bocado psicodélicas, acrescentando algumas camadas de eletrônico por cima. Nada de errado com isso, mas se parece com a descrição de 99% das bandas indie surgidas de 2000 para cá. O disco Here We Go Magic não passou despercebido nem criou nenhum grande furacão.

Até ele começar a tomar algo diferente e trabalhar com a melhor palavra que Deus criou para os músicos: FODA-SE. Estive em Atlanta este ano e pude pegar um show, principalmente focado no Pigeons (o segundo disco, que comprei na mão do baixista deles). Eu sou guitarrista e fiquei olhando para o guitarrista deles pensando "mas que diabos esse cara está fazendo", não porque era impossivelmente técnico (não era) mas porque aqueles arranjos malucos não deveriam fazer sentido, mas faziam, ou seja, não é assim que se toca guitarra, mas é exatamente aquilo que a música pedia.

O conceito é o mesmo (indie-folk hora feliz frenético hora melancólico com umas camadas de eletrônico) só que esticado ao máximo, exagerado, bagunçado. Imagine algumas músicas em que tem milhares de coisas acontecendo ao mesmo tempo que parecem que não vão encaixar mas se encaixam, e não só não ficam confusas como soam bastante acessíveis sim, até mesmo pop. Pop do futuro ou do planeta marte, mas sem dúvida pop.

Aguardando ansiosamente o que esses caras ainda vão fazer. Recomendo muito para quem tem o espírito inquieto.

Comece por - Pigeons, por favor
Continuação da maluquice - The January EP


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Quer ouvir um disco bom?




Dub é um estilo de música infinitamente interessante e influente. Deixou sua marca forte em outros estilos ( repare nos baixos do The Clash ou do Fugazi) e sempre aparecem sinais de sua influência - outro dia vi uma entrevista do guitarrista do Radiohead comentando que encheu um ipod inteiro só de dub e é só isso que ele estava escutando. Eu acho um estilo foda, altíssimamente hipnotizante e viciante, quando voce gosta de um dub você quer ouvir ele no repeat por horas independente do que está fazendo, até na minha banda nova andamos experimentando com dub. O que é engraçado é que raramente vemos um disco de dub fazer o crossover, ou seja, ser notado por pessoas que já não eram viciadas e acompanhavam o estilo - estranho porque acho o gênero altamente acessível e fácil de gostar. A última vez que vi isso acontecer foi com o produtor inglês The Bug, que faz uns dubs mais agressivos e impactantes.

Por isso fiquei feliz com a atenção que o Peaking Lights anda chamando, e me tornei vítima do disco deles (936) que simplesmente está disparado em loop no meu fone por vários dias. Eu cheguei a começar a ouvir outro disco e tipo "blá, vou ouvir Peaking Lights". Não vou me alongar dessa vez - dub fodástico com vocais exclusivamente femininos meio jj, que é outra banda que adoro.

Só pegue para ouvir se você estiver podendo passar uns bons dias sem tirar o fone do ouvido escutando a mesma coisa em repeat. Ou, pegue para ouvir se você vai ter que passar muitas horas viajando só com um cd. É como se você tivesse levado 10.



O Apocalipse de Chelsea Wolfe

A última vez que conferi no iTunes ele me disse que estou escutando 859 artistas, e eu ainda não digitalizei todos os meus cds até hoje. Ou seja se eu escutar um disco por artista em sequência (a maioria deles eu tenho mais de um) durante 24 horas sem interrupção são mais ou menos 35 dias direto de música 24/7. Não é preciso dizer que dessa lista alguns são bem renegados para o fundo do armário e alguns ficam em alto giro no meu dia a dia.

Cada ano que passa consegue (juro que não é calculado, não sou tão Sheldon assim) injetar quase sempre pelo menos um artista que entra no meu rol de escuto tudo/sei as letras de cor/tirei as músicas na guitarra, não necessariamente alguma coisa nova. Minha grande "descobrida" de 2010 foi a Nina Simone, obviamente vou postar sobre essa dona depois, virou a terceira da relação porque minha mulher também ama. Em 2011 me tornei viciado em Chelsea Wolfe.

Nunca ouviu falar? Cara, mal eu consigo saber sobre essa mulher.
Fatos: americana, está em um selo pequeno (Pendu Sound, pretendo explorar mais no futuro), só dois (estupendos e chatos de achar) discos, tem um blog fechado, faz um som que me acertou no âmago na hora e não sei porque ninguém está ouvindo ou falando dela.

Basicamente é uma mina com uma guitarra que grava de forma densa (clássico baixo-guitarra-bateria com ocasional teclado e eletrônicos) e muito lo-fi (mal gravado teoricamente por querer). Ligar Chelsea Wolfe na sua casa é ligar a chuva lá fora, um céu preto, um domingo meio angustiado, não de forma muito clara e definida mas bagunçada, raivosa, barulhenta, gritada, porém às vezes bem etéreo e mesmo com momentos muito bonitos. Tem coisa bem punk e coisa bem maluca, a cara da Chelsea Wolfe são guitarras meio enlameadas tocando riffs repetitivos e interessantes e a voz dela desesperada por cima (sem contar barulhos não identificáveis). Não deixa a produção toscona te enganar, tem muita coisa muito bem feita e pensada acontecendo ali.

Não imagine um som caótico ou confuso: tem um gostão de anos 90 (com certeza um dos fatores que me fez virar fã), SIM MIRIAN PARECE SIM COM A PJ HARVEY, mas não é derivativo a ponto de não ter personalidade. Ela é talvez a PJ Harvey de um universo alternativo onde a PJ é gótica e abre shows para bandas de black metal - sim, ela tem aberto os shows do Liturgy, outra banda que vem fazendo coisa velha soar completamente nova e alienígena. Aliás, a doida gravou Burzum (!), a música se chama black spell of destruction (!!). Os poucos veículos que falam dela tem chamado o som de doom-folk, acho que capta a essência, e concordo que merece um nome novo. A volta do gótico? Ótimo, sou muito fã de Joy Division, Bauhaus e Echo And The Bunymen para conseguir achar isso ruim.

Chelsea Wolfe é musica para quem consegue acreditar que dá para espremer beleza do desespero. Se essa idéia é completamente bizarra para você, passe longe. Eu sempre gostei mais das músicas tristes.

Comece por - Ἀποκάλυψις (pronuncia Apokalypsis... acho!)







quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Quando você percebe que os valores da música dos anos 70 terminaram de morrer

Era feio para seu pai mas para você não é feio:
  • fazer uma banda nova que soa como uma banda antiga
  • fazer músicas que funcionam em estúdio mas são impossíveis de tocar ao vivo
  • aliás, existir somente como banda de estúdio e NUNCA tocar ao vivo
  • não suar para executar sua música (não importa o que está gerando o som que você está ouvindo)
  • escutar música pop
  • construir músicas novas a partir de músicas antigas (vide: mashup) (vide: vanilla ice foi processado por usar a bassline do queen. acho que hoje ele seria processado por NÃO usar a bassline de uma música mais velha)
  • admitir que seu som é comercial mesmo
  • roubar música
  • vender músicas para comerciais de tv
Aparentemente sobraram somente duas coisas feias hoje:
  • Cobrar por sua música
  • Tentar desenvolver um som NOVO ou dar uma cara à década de 2010 diferente da década de 80
Será que toda e qualquer idéia musical já foi executada e nos resta repetir/reformular/reconstruir/reorganizar/RE alguma outra coisa?

terça-feira, 9 de agosto de 2011

De Volta ao Punk - a saga continua

E eu me perguntando: se eu cresci ouvindo basicamente punk rock como deixei passar tantos clássicos legais? Excelentes descobertas depois de velho:

Germs - fiquei fã destes fdp. Eu achava que Germs era mais uma banda de hardcore toscão mas não - o negócio é bem velho (punk 77 na veia), foi a primeira banda punk de Los Angeles e um dos punk 77 mais legais que eu conheci - daqueles mesmo de vocal emboladão, letras legais, músicas curtas, baixo e bateria basicaço e disco viciante de escutar no repeat. O vocalista dos Germs (Darby Crash) no início da banda disse que ia se tornar uma lenda do punk em 5 anos e se matar, e basicamente foi lá e fez isso. Difícil explicar Germs em termos de "como o som deles era" sem fazer parecer desinteressante, mas basta dizer que é uma das bandas mais caóticas e influenciais da história do punk - falam de um show lendário em dezembro de 1980 em que a banda estava se dissolvendo e que foi o "show que ensinou os garotos o que é um show de punk rock".
Fatos interessantes: fizeram um filme recente sobre a história dos Germs muito bom chamado What We Do is Secret (não é documentário)
O guitarrista dos Germs tocou no Nirvana no final e no Foo Fighters no início (voltou para o último disco)

Crass - os punks mais punks que os outros punks, o pessoal do Crass era (também estamos em 77) tudo que você imaginar - anarquistas militantes, pacifistas, feministas radicais, ambientalistas, críticos do próprio movimento punk e viviam juntos em um prédio abandonado. Produziam de tudo eles mesmos - colagens, discos, pôsteres, poesias, pixavam a cidade toda, filmes, coordenavam ações políticas. Já chegaram a mobilizar mais de 500 pessoas em ações coordenadas de invasão de propriedades abandonadas. O sonho de consumo de todo punk hardcore e ideológico. Terminou depois de terem sido perseguidos para cacete pelo governo da Margareth Thatcher (procure ler sobre o "Thatchergate", confusão política que foi na verdade iniciada pela banda). Começou como uma banda de hardcore "normal" mas me interessei muito pelo terceiro disco chamado Penis Envy que foi feito com um som ainda punk mas fugindo do convencional (lembra os momentos mais estranhos dos Dead Kennedys) e só com vocais femininos (o vocalista não canta nenhuma música) e letras radicias sobre feminismo. 5 estrelas!


domingo, 7 de agosto de 2011

Comentário obrigatório e inascapável sobre a morte da Amy

Voz foda, tinha personalidade pra caramba, e tirando o vacilo de se deixar expor tanto (acredito que por ingenuidade pura) era bacana ter alguém na grande mídia (tradução: que sua vó também conhece) um pouco menos limpinho, comportado e feito de plático.

No balanço geral , nada destruidor e capaz de mudar o mundo, porém o ponto mais relevante foi o fato de ter feito (muito) sucesso. Em outras palavras: se foi a última coisa legal que tocava no rádio.

sábado, 6 de agosto de 2011

E mais de um ano depois... voltei! Ou... gritando num quarto vazio

Último post dia 20 de julho. De 2010.

Nunca foi minha intenção abandonar esse blog, tenho um bocado de carinho por ele. Inegavelmente abandonei, mas eu muito picaretamente vou chamar de hiato. Declaro o fim do hiato e a volta da batalha contra tudo e contra todos somada a um monte de opinião não solicitada sobre música que quase ninguém escuta e às vezes faz os garotos apanharem na escola.

Neste tempo aconteceu algo brutal que foi o nascimento (não planejado mas extremamente bem vindo) da minha filhota Lola, que está dormindo no quarto ao lado enquanto estou em casa sábado a noite escrevendo em um blog ouvindo minha mulher dizer que não vê a hora de voltar a poder dançar (não leve como reclamação). Eu prometo dedicar um post muito bacana, bonito e poético para ela, e não vai ser esse porque não vou misturar com outros assuntos. Por hora só vou te contar que ter um filho vira sua vida de cabeça para baixo muito mais que casar ou qualquer outro evento que consigo imaginar, a não ser embarcar em uma missāo para fora da Terra. Te ensina, te espanca, te torna uma pessoa melhor em muitos aspectos, traz muita coisa boa para sua vida (e algumas muito difíceis) e de forma geral te faz abrir um lado seu que você não conhecia.

Mas no fundo você é a mesma pessoa. Continuo maluco com música, continuo (um pouco menos) tirando a guitarra do armário, continuo ouvindo de tudo e detestando a maioria, estou me aproximando do 500 no 1001 discos e ainda misturo Mastodon com Miles Davis.

2011 tem se mostrado variado com música boa, da fofinha (washed out) à violenta (odd future, horseback, liturgy) passando pelas mulheres desesperadas e suas agonias (excelente disco da pj harvey, ema, e minha nova obssessão musical, chelsea wolfe), excentricidades (ghost) e continuamos podendo contar com quem é foda mesmo (radiohead, beastie boys, tv on the radio, fucked up, fleet foxes). Mais detalhes em breve (e não vai ser daqui a um ano).

Será... que ainda tem alguém aí?