terça-feira, 21 de julho de 2009

Da série playlist - o que anda queimando a bateria do meu Palm enquanto o ipod está lenhado

Mr. Bungle - Mr. Bungle/Disco Volante

Já comentei neste blog que todas as milhões de bandas do Mike Patton são legais. Conhecia Mr. Bungle superficialmente e finalmente parti para aprofundar no som. Basicamente, o propósito do Mr. Bungle é te deixar louco. Cada música cobre duzentos estilos diferentes - de jazz a death metal passando por música de circo e música árabe no caminho - e cada mudança dura poucos segundos e não faz sentido nenhum. Tudo extremamente bem executado por sinal - caos mais controlado que eu já vi. O disco Mr. Bungle ainda dá, fazendo um pouco de força, para considerar um disco de funk-metal muito excêntrico. Já o Disco Volante - que é enorme e estou considerando uma espécie de épico da música experimental - posso explicar assim: comentei com o vocalista da minha banda que eu passei a semana escutando o disco e ele me olhou com cara de preocupado de verdade - "não faz isso não cara".

Peaches - I Feel Cream

Apesar de continuar pornozona, a Peaches está ficando velha, o que significa que 1-está aprendendo a usar o sintetizador direito e 2-deu o primeiro passo para fazer talvez um dia um disco que possa se pensar em usar a palavra "maduro". Um pouco menos do espírito punkaço dos primeiros só que com batidas melhores. Funciona para mim.

Mos Def - The Ecstatic

O fato de estarmos em pleno auge comercial do hip-hop está fazendo com que os lançamentos realmente interessantes fiquem muito espaçados - o último disco que eu havia gostado antes desse foi o do Q-Tip. Mos Def faz a linha de boas letras políticas - o disco abre com um discurso do Malcom X - batidas bem tensas mas sem perder a verve dançante e influências latinas (música Chicanas e umas letras em espanhol). Discaço e literalmente água no deserto do hip-hop.

Grizzly Bear – toda a discografia no repeat

Se eu ainda não te convenci no post anterior: vá ouvir Grizzly Bear agora.

War on Drugs – Wagonwheel Blues

O nome péssimo talvez esteja fazendo essa banda receber menos atenção que merece. Me interessei por escutar isso depois de ler trocentas mil e uma entrevistas com artistas que eu gosto que quando perguntados o que andam ouvindo agora responderam “War On Drugs”. Pense (gaurdadas as devidas proporções de talento) no que aconteceria se o Bob Dylan fizesse uma banda hoje – voz esquisita e anasalada, ótimas e compridas letras e um som moderno com um pé no blues velho e outro no indie moderno. Não é coisa que se vê todo dia. Apesar do nome horroroso.

Um comentário:

Luiz Augusto disse...

Apesar de não comentar, ainda passo aqui todo dia! :p