
Na virada da década de 40 para 50 (a partir de mais ou menos 46) o pessoal que na época era underground começou a borrar os limites entre country e blues (ou entre música de branco e música de preto) de forma que muitas vezes não se sabia se uma música era um ou outro. Mesmo quando a mistura ocorria do ponto de vista estritamente musical normalmente se estava executando um ou outro, ou seja, tocando guitarra blues em ritmo acelerado de country. Só que alguém, em algum momento, realmente gerou uma maneira diferente de tocar - diferente o suficiente para começar a ser chamado de "guitarra rock", não era mais "guitarra alguma outra coisa" modificada. Esse cara também foi responsável por uma atuação anti-racista muito mais efetiva na prática do que ficar gritando e reclamando na rua - fez os negros e os brancos dançarem juntos quando isso era absurdo. Influenciou tipo TUDO (já até ganhou procesos de plágio contra os Beach Boys).
Chuck Berry para a época é o que seria chamado de punk posteriormente. Desafio às normas, mudanças tremendas nos costumes e na música ("I don´t want your moderation - this is too much monkey busines for me"), letras com duplo sentido sexual, música de alta energia e descompromissada sem arreios com técnica e preocupada em ser jovem e livre. Quando o punk começou na década de 70 eles próprios declamaram que não era novo - na verdade o rock havia ficado muito afrescalhado (progressivo, ugh) e queriam a volta ao básico dos anos 50. A volta ao Chuck Berry.
Hoje tem 83 anos e vou ver ele ao vivo depois de amanhã aqui em BH.
Nota: e Jerry Lee Lewis dia 20 de setembro :-)
Um comentário:
God bless Chuck Berry!
I'm gonna see him too. TODAY!!!!!
Bruno Monstro.
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