terça-feira, 9 de agosto de 2011

De Volta ao Punk - a saga continua

E eu me perguntando: se eu cresci ouvindo basicamente punk rock como deixei passar tantos clássicos legais? Excelentes descobertas depois de velho:

Germs - fiquei fã destes fdp. Eu achava que Germs era mais uma banda de hardcore toscão mas não - o negócio é bem velho (punk 77 na veia), foi a primeira banda punk de Los Angeles e um dos punk 77 mais legais que eu conheci - daqueles mesmo de vocal emboladão, letras legais, músicas curtas, baixo e bateria basicaço e disco viciante de escutar no repeat. O vocalista dos Germs (Darby Crash) no início da banda disse que ia se tornar uma lenda do punk em 5 anos e se matar, e basicamente foi lá e fez isso. Difícil explicar Germs em termos de "como o som deles era" sem fazer parecer desinteressante, mas basta dizer que é uma das bandas mais caóticas e influenciais da história do punk - falam de um show lendário em dezembro de 1980 em que a banda estava se dissolvendo e que foi o "show que ensinou os garotos o que é um show de punk rock".
Fatos interessantes: fizeram um filme recente sobre a história dos Germs muito bom chamado What We Do is Secret (não é documentário)
O guitarrista dos Germs tocou no Nirvana no final e no Foo Fighters no início (voltou para o último disco)

Crass - os punks mais punks que os outros punks, o pessoal do Crass era (também estamos em 77) tudo que você imaginar - anarquistas militantes, pacifistas, feministas radicais, ambientalistas, críticos do próprio movimento punk e viviam juntos em um prédio abandonado. Produziam de tudo eles mesmos - colagens, discos, pôsteres, poesias, pixavam a cidade toda, filmes, coordenavam ações políticas. Já chegaram a mobilizar mais de 500 pessoas em ações coordenadas de invasão de propriedades abandonadas. O sonho de consumo de todo punk hardcore e ideológico. Terminou depois de terem sido perseguidos para cacete pelo governo da Margareth Thatcher (procure ler sobre o "Thatchergate", confusão política que foi na verdade iniciada pela banda). Começou como uma banda de hardcore "normal" mas me interessei muito pelo terceiro disco chamado Penis Envy que foi feito com um som ainda punk mas fugindo do convencional (lembra os momentos mais estranhos dos Dead Kennedys) e só com vocais femininos (o vocalista não canta nenhuma música) e letras radicias sobre feminismo. 5 estrelas!


Um comentário:

GraveRisen disse...

Digamos que um pouco de punk rock 77x vb venha a calhar agora, neste momento ultra fofo do rock.