sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Top 5 Shows Onde Eu Mais Me Machuquei
Já que eu ando falando do relacionamento entre dor física e música...
Já presenciei:
- nego quebrando o nariz na minha frente tomando um socão na cara de soco inglês num mosh no show do Sepultura
- nego pulando do palco e a moçada abrindo e indo diretaço de cabeça no chão, entrando em convulsão na poça de sangue dele
- Nego subindo em cima de torre de amplificador tipo 5 ou 6 metros e se jogando de lá para resultados não muito bonitos
- nego rodando corrente, deitando no chão por querer, ficando em pé de olho fechado e outros comportamentos bizarros no mosh. Nenhum deu certo.
Hoje sou véio e comportado e vou no show do Interpol. No show do Interpol ninguém se machuca.
Meu top 5 pessoal é:
5 - Jon Spencer Blues Xplosion no Eletronika empatado com Guitar Wolf na Obra: nem tanto me machuquei mas foram os shows que mais demandaram fisicamente falando. Multidão insana te jogando de um canto para outro sem respirar pela duração inteira do show. Eu vi o palco desses dois shows de todos os ângulos que existem - acho que até de cima e de baixo. Vale pela energia de ir em uns 5 Sepulturas ou em uns 250 Chico Buarque.
4 - Raimundos na Gameleira - Raimundos na época em que era legal (segundo disco), lugar gigantesco de terra - poeira subindo e público louco quebrando tudo. Meu amigo Carlos Javali que é tipo 10 vezes maior que eu só me puxando para os moshs mais selvagens e o amigo dele Leandro bêbado idiota indo. Saí com um desenho de caveira do anel de alguém imprimido direitinho no meu braço. Meu estado geral impediu de moshar depois da quinta ou sexta música. Lá para sétima eu voltei :-)
3 - Losc em Geral - as histórias do Losc são infinitas então não vou me alongar, mas listando as duas piores, cair de costas retas igual bambu verde batendo a cabeça no chão e arrebentando duas cordas de uma só vez e ser jogado umas 4 vezes em cima do amplificador por um cara (em quem eu dei uma botinada na cara)
2 - Mukeka di Rato no Alcatraz - o vocalista do Mukeka é enorme e pesado. E literalmente caiu em cima de mim. E resolveu cantar o resto da música caído no chão. E eu juro que tentei sair mas não estava conseguindo respirar. Não foi bonito.
1 - Dog Eat Eat/DFL na Trash - Não são duas de minhas bandas preferidas, mas foi um dos melhores shows que eu fui na vida, tirando o fato de algum fdp pular do palco exclusivamente em cima de mim me fazendo arrebentar a língua e voltar para a casa com a camisa branca vermelha de sangue.
Nota: depois de uma semana de sofrimento tô começando a melhorar :-)
Já presenciei:
- nego quebrando o nariz na minha frente tomando um socão na cara de soco inglês num mosh no show do Sepultura
- nego pulando do palco e a moçada abrindo e indo diretaço de cabeça no chão, entrando em convulsão na poça de sangue dele
- Nego subindo em cima de torre de amplificador tipo 5 ou 6 metros e se jogando de lá para resultados não muito bonitos
- nego rodando corrente, deitando no chão por querer, ficando em pé de olho fechado e outros comportamentos bizarros no mosh. Nenhum deu certo.
Hoje sou véio e comportado e vou no show do Interpol. No show do Interpol ninguém se machuca.
Meu top 5 pessoal é:
5 - Jon Spencer Blues Xplosion no Eletronika empatado com Guitar Wolf na Obra: nem tanto me machuquei mas foram os shows que mais demandaram fisicamente falando. Multidão insana te jogando de um canto para outro sem respirar pela duração inteira do show. Eu vi o palco desses dois shows de todos os ângulos que existem - acho que até de cima e de baixo. Vale pela energia de ir em uns 5 Sepulturas ou em uns 250 Chico Buarque.
4 - Raimundos na Gameleira - Raimundos na época em que era legal (segundo disco), lugar gigantesco de terra - poeira subindo e público louco quebrando tudo. Meu amigo Carlos Javali que é tipo 10 vezes maior que eu só me puxando para os moshs mais selvagens e o amigo dele Leandro bêbado idiota indo. Saí com um desenho de caveira do anel de alguém imprimido direitinho no meu braço. Meu estado geral impediu de moshar depois da quinta ou sexta música. Lá para sétima eu voltei :-)
3 - Losc em Geral - as histórias do Losc são infinitas então não vou me alongar, mas listando as duas piores, cair de costas retas igual bambu verde batendo a cabeça no chão e arrebentando duas cordas de uma só vez e ser jogado umas 4 vezes em cima do amplificador por um cara (em quem eu dei uma botinada na cara)
2 - Mukeka di Rato no Alcatraz - o vocalista do Mukeka é enorme e pesado. E literalmente caiu em cima de mim. E resolveu cantar o resto da música caído no chão. E eu juro que tentei sair mas não estava conseguindo respirar. Não foi bonito.
1 - Dog Eat Eat/DFL na Trash - Não são duas de minhas bandas preferidas, mas foi um dos melhores shows que eu fui na vida, tirando o fato de algum fdp pular do palco exclusivamente em cima de mim me fazendo arrebentar a língua e voltar para a casa com a camisa branca vermelha de sangue.
Nota: depois de uma semana de sofrimento tô começando a melhorar :-)
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Música para ouvir doente
Desde sexta feira 3:00 da manhã - quando fui parar no hospital para só sair no outro dia de tarde - tenho alguma treta que ninguém sabe o que é. Parece muito com pedra no rim - inclusive com a dor de dar vontade de morrer e tudo - mas ao contrário da outra vez a dor é constante e já dura dias. Estou basicamente fazendo tudo à base de analgésico, e mesmo ele não segura o diabo da dor inteira. Amanhã vou no médico olhar isso com profundidade, torce para mim. Aposto que é consequência desse perído sujeira do projeto Conan.
Como estou constantemente medicado e com um incômodo físico fudido meu mundo está leeeento e devagaaaar e bem desanimado e cinzento e um pouco angustiante também. Pensei em registrar aqui como esse estado alterado está se traduzindo nos meus hábitos musicais já que esse afinal é o assunto desse blog.
Primeiro, minha falta de energia não me deixa produzir música. Não consigo pegar na guitarra e não consigo absorver muita coisa nova por agora. Consigo escutar algumas coisas que descem macio e devagar e que no geral me são familiares. Então fica a dica de discos para você escutar quando também estiver ferrado - aceito também suas sugestões:
The Cure - The Head On The Door - ápice da época pop do The Cure, em breve vou escrever sobre toda a discografia deles
Sigur Rós - () - um dos discos abstratos mais lindos que eu conheço, ou dos discos lindos mais abstratos do mundo
Velvet Underground - Loaded - um lado mais quente, leve e bem humorado do Velvet
Breeders - Mountain Battles - excêntrico e meio vira lata, mas também interessante e relaxado tipo o próximo da lista. Parece inofensivo nas primeiras vezes mas vicia muito mais que você esperava: deveria ser vendido como substância controlada
Walkmen - You And Me - excêntrico e relaxado no melhor sentido possível
Panda Bear - Person Pitch - eternamente recomendado em momentos de stress
Elvis Presley - basicamente tudo - Elvis é seu amigo e fala com você e te entende quando você está doente
É isso aí. Vou me retirar para meu sofrimento :-)
Me manda uma energia boa de onde você estiver
Como estou constantemente medicado e com um incômodo físico fudido meu mundo está leeeento e devagaaaar e bem desanimado e cinzento e um pouco angustiante também. Pensei em registrar aqui como esse estado alterado está se traduzindo nos meus hábitos musicais já que esse afinal é o assunto desse blog.
Primeiro, minha falta de energia não me deixa produzir música. Não consigo pegar na guitarra e não consigo absorver muita coisa nova por agora. Consigo escutar algumas coisas que descem macio e devagar e que no geral me são familiares. Então fica a dica de discos para você escutar quando também estiver ferrado - aceito também suas sugestões:
The Cure - The Head On The Door - ápice da época pop do The Cure, em breve vou escrever sobre toda a discografia deles
Sigur Rós - () - um dos discos abstratos mais lindos que eu conheço, ou dos discos lindos mais abstratos do mundo
Velvet Underground - Loaded - um lado mais quente, leve e bem humorado do Velvet
Breeders - Mountain Battles - excêntrico e meio vira lata, mas também interessante e relaxado tipo o próximo da lista. Parece inofensivo nas primeiras vezes mas vicia muito mais que você esperava: deveria ser vendido como substância controlada
Walkmen - You And Me - excêntrico e relaxado no melhor sentido possível
Panda Bear - Person Pitch - eternamente recomendado em momentos de stress
Elvis Presley - basicamente tudo - Elvis é seu amigo e fala com você e te entende quando você está doente
É isso aí. Vou me retirar para meu sofrimento :-)
Me manda uma energia boa de onde você estiver
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Da Série Random Music - Eu Quero Ser Seu Cachorro

Já saiu errado crescendo num trailer no subúrbio de Michingan. Andava com cabelo comprido até que foi obrigado pelos pais a cortar e mandou o barbeiro cortar o cabelo dele igual ao dos 3 patetas; foi batera de uma banda de blues (The Iguanas) de onde roubou seu nome artístico (Iggy). Foi viciado em heroína e orgulhoso disso basicamente a vida inteirinha. E quando no início da década de 70 formou os Stooges nascia uma espécie de monstro que nunca atingiu muita popularidade mas mudou para sempre a música.
O Iggy Pop disse só ter entendido o rock quando foi ver um show dos Doors numa universidade e o Jim Morrison chegou completamente bêbado/louco/caindo, insultou todo mundo, cantou todas as músicas num falsete irritante (uahauahuaha imagina ele fazendo uma vozinha de mulher no lugar daquele gravão dele) e foi expulso e quase espancado. A reação do garoto foi "YES"!
Quando iniciou os Stooges, a idéia era fazer uma espécie de rock diferente muito simples e primitivo baseado nos mínimos elementou possíveis que deveriam ser repetidos ao máximo para criar uma espécie de transe. Sem contar que isso era algo atingível para uns garotos que não sabiam tocar nem 3 acordes e nunca se importaram com isso. Você vê nos clássicos dos Stooges essa idéia - normalmente tem algo tipo 3 notas que se repetem de novo e de novo e isso é a música. Poderia ter saído horrível, mas por aquelas coisas que ninguém explica conseguiram fazer e realmente ficou um som meio esquisito e hipnótico - e a presença do Iggy fez essa base simples pegar fogo. Até Miles Davis mais tarde reconheceu ser fã de Stooges.
Iggy Pop é um cara que habita um mundo próprio - um mundo paranóico, violento, bizarro, confuso, engraçado, psicopata, tenso e muito rock. A referência para presença de palco imbatível até hoje é desse cara - quer exemplos? Tocava pelada batendo o pinto no microfone (e ainda dizem que é grande), quebrava garrafas no palco e rolava em cima dos cacos de vidro, andava em cima das mãos estendidas das pessoas lambuzado de manteiga de amendoin, arrumava brigas com membros da platéia (no último show dos Stooges desafiou uma gangue de motoqueiros inteira no rádio a ir no show - e foram - e ele tomou porrada demais), beijava as mulheres na boca, isso quando a heroína não fazia ele capotar no palco com 5 minutos de show e ele ter que sair de ambulância (aconteceu várias vezes). Tem um vídeo no youtube de um show que ele abriu para a Madonna e ela aparece pedindo para por favor não encha meu palco de vidro porque eu vou dançar nele. Na vida pessoal chegava ao ponto de amigos andarem com ele em uma coleira - de tão louco e fora do ar que estava.
Stooges era estranho demais para a década de 70 - ainda dominada pela palhaçada hippie - e era no fundo uma banda de outsiders. Frequentemente simplesmente escutar Stooges te deixava isolado na escola. Os caras dos Ramones se tornaram amigos pelo simples fato de serem todos eles fãs de Stooges. Demorou uns bons anos para as pessoas se tocarem que nessa brincadeira a banda basicamente inventou o punk rock. E muito anos antes de Ramones/Sex Pistols/The Clash.
O negócio é que esse tipo de banda sempre é fadada a auto destruição, e rápido. No caso deles durou 3 (maravilhosos) discos, entre eles o Fun House, batizado com o nome da mansão onde eles viviam ("viver" para eles provavelmente tinha um conceito um pouco mais extremo que o seu) e é para mim o caos em si capturado em poucos minutos (e todo gravado de uma vez só, sem overdub). Cansado da piração e sem banda, Iggy Pop se auto internou no hospício.
E lá estaria até hoje se o David Bowie não literalmente entrasse lá e assinasse os papéis tomando Iggy como sua responsabilidade. De quebra botou ele para gravar, tocou no disco e ainda saiu em turnê junto. O som do Iggy Pop continuou com a mesma personalidade mas trocou lado pesado por um pop meio maluco e experimental, mas muito estiloso e divertido - não muito distante do som do próprio David Bowie. De tempos em tempos estoura uma música legal dele, o som foi ficando gradualmente mais pop na veia, muitas viraram clássicões inegáveis dos anos 80 daquelas que todas as pessoas do mundo conhecem - Lust For Life, Candy, The Passenger - e os anos foram passando e o homem continua louco. E por mais pop que seja o som dele sempre tem um vislumbre daquele mundo particular. Fui no show dele e o camarada (com quase 60 anos) foi o único do festival (que tinha Sonic Youth, Flaming Lips, Nine Inch Nails, Fantomas etc) a fazer stage dive na platéia.
Procure os shows dos Stooges da década de 70 no youtube. Dá medo.
Comece por, continue por etc - comece pelos Stoogese vá pela ordem cronológica, são só 3 discos curtos (mais um que saiu por agora porque eles voltaram, mas não compara com os antigos) e depois entre na carreira solo dele, as melhores coisas estão no início. Depois rola um modo "piloto automático"
Bom resumo - Nude And Rude (coletânea foda)
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Ska é legal
Ska é o reggae dos punks?
Ska veio antes do reagge rapá! Ska é o estilo que depois de fumar maconha demais os jamaicanos deixaram mais lento e virou o reggae. Originalmente (entenda década de 50) era a mistura do mento e do calypso do caribe com jazz e blues americano.
Música simples e agitada, de protesto feita por gente pobre. Foram tantos os pontos de contato que as bandas punks acabaram se apropriando bastante do ska (e vice versa), desde os anos 70 até a terceira grande onda do ska (normalmente associado com o punk) que teve na década de 90.
Dançante, animado e baseada em guitarras e sopros, rápido e muitas vezes inescrupuloso e bem humorado, hoje tem poucos (bons) exemplos mas o que é bom sempre volta. Essas são as bandas de ska que eu mais gosto:
The Specials - começou em 77 - ano da explosão do punk - e influenciou todo mundo desde The Clash até Rancid. Começou simples e foi ficando gradualmente mais experimental e criativo. Simplesmente a banda clássica que você precisa começar por ela.
Disco bacana: More Specials
Hepcat - lançado pela gravadora do Rancid, jamaicano na veia e bem tradicional e próximo do reggae, mas super divertido e exótico. Nada de punk aqui - e nada de errado com isso.
Disco bacana: Right On Time
Might Might Bosstones - bem punk e agressivo e brincalhão ao mesmo tempo. Vocal roucão que parece de vocalista de metal - ou algum véio rouco do blues. Essa é a minha preferida. Se tiver que escolher uma, escolha essa.
Disco bacana: Let's Face It
Voodoo Glow Skulls - ska misturado não com punk mas com hardcore na veia - rápido e nervoso mas ainda bem ska e engraçado. E ainda tem um vocalista chicanão bizarro e umas músicas em espanhol.
Disco bacana: Baile de Los Locos
Operation Ivy - nomeada a partir de uma série de testes nucleares, a banda que se tornou mais tarde o Rancid foi uma das grandes responsáveis por fazer as pessoas perceberem que misturar ska com punk era boa idéia. Passei a década de 90 inteirinha escutando isso.
Disco bacana: Operation Ivy
Ska veio antes do reagge rapá! Ska é o estilo que depois de fumar maconha demais os jamaicanos deixaram mais lento e virou o reggae. Originalmente (entenda década de 50) era a mistura do mento e do calypso do caribe com jazz e blues americano.
Música simples e agitada, de protesto feita por gente pobre. Foram tantos os pontos de contato que as bandas punks acabaram se apropriando bastante do ska (e vice versa), desde os anos 70 até a terceira grande onda do ska (normalmente associado com o punk) que teve na década de 90.
Dançante, animado e baseada em guitarras e sopros, rápido e muitas vezes inescrupuloso e bem humorado, hoje tem poucos (bons) exemplos mas o que é bom sempre volta. Essas são as bandas de ska que eu mais gosto:
The Specials - começou em 77 - ano da explosão do punk - e influenciou todo mundo desde The Clash até Rancid. Começou simples e foi ficando gradualmente mais experimental e criativo. Simplesmente a banda clássica que você precisa começar por ela.
Disco bacana: More Specials
Hepcat - lançado pela gravadora do Rancid, jamaicano na veia e bem tradicional e próximo do reggae, mas super divertido e exótico. Nada de punk aqui - e nada de errado com isso.
Disco bacana: Right On Time
Might Might Bosstones - bem punk e agressivo e brincalhão ao mesmo tempo. Vocal roucão que parece de vocalista de metal - ou algum véio rouco do blues. Essa é a minha preferida. Se tiver que escolher uma, escolha essa.
Disco bacana: Let's Face It
Voodoo Glow Skulls - ska misturado não com punk mas com hardcore na veia - rápido e nervoso mas ainda bem ska e engraçado. E ainda tem um vocalista chicanão bizarro e umas músicas em espanhol.
Disco bacana: Baile de Los Locos
Operation Ivy - nomeada a partir de uma série de testes nucleares, a banda que se tornou mais tarde o Rancid foi uma das grandes responsáveis por fazer as pessoas perceberem que misturar ska com punk era boa idéia. Passei a década de 90 inteirinha escutando isso.
Disco bacana: Operation Ivy
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terça-feira, 21 de outubro de 2008
Da Série Playlist - o que anda queimando a bateria do meu Ipod
Pig Destroyer - Phantom Limb
Eternamente confirmando a minha teoria que só existe dois tipo de música - bom e ruim - abri as portas de mais um estilo que nunca gostei de nada, o Grindcore - uma espécie de punk + death metal que é conhecido por a) não ser muito variado b) ser o estilo de música mais rápido do mundo (tanto na velocidade que é tocado quanto na duração das músicas - tipo 50 músicas num cd de meia hora) , c) ser brutal e cabuloso ao extremo, além até do meu extremo e d) basicamente em 99% dos casos são umas bandas esfregando aleatoriamente os instrumentos muito rápido.
Acho que Pig Destroyer é a única banda grind legal do mundo. O nome (segundo eles) é um sinônimo de "Cop Killer" e, ao contrário dos outros grinds que eu conheço, em vez de esfregar os instrumentos tem realmente milhões de coisas realmente acontecendo muito rápido - cheio de nuances e de sacadas bacanas e de lances que tornam a música ainda mais pesada e legal, fora a falta de medo de experimentar (rola uns efeitos esquisitos no vocal, uns tempos quebrados bizarros e por aí afora). Acho que é o máximo que dá para esperar do estilo, e se você não se incomoda com coisa MUITO pesada e MUITO from hell recomendo conhecer.
Sly And The Family Stone - Greatest Hits
Tão importante para o funk quanto o George Clinton e o James Brown, sem contar que é uma das melhores bandas da década de 60, é um crime não conhecer bem Sly And The Family Stone - e eu só me redimi tem pouco tempo. A primeira coisa que chama atenção é o groove mesmo - música espancantemente dançante na época em que ainda se admitia fazer isso com gente tocando em vez de computador, e as pessoas conseguiam mesmo. A segunda é a criatividade e variação - Sly vai de rockzinho 60 a funk rasgado a pop a baladão com naturalidade, daquele jeito que é igual ver o Dave Lombardo tocar batera ou uns caras fodas mandar uns street skate - olhando até parece que é fácil. É um daqueles camaradas que colocaram tudo na música, então você saca as fases feliz dançante até as épocas de paranóia e problemas com drogas se refletindo na músicas de uma maneira estranhamente pessoal ao mesmo tempo em que funciona em uma festa de gente chapando birita e querendo fazer dancinhas divertidas. Demora para acustumar com esse lance esquisofrênico mas eu garanto que é imperdível.
TV On The Radio - Dear Science

Para mim uma das melhores e mais relevantes bandas da atualidade, e uma das poucas que faz um som que eu entendo como "não é a milionésima derivação de alguma outra coisa". TV On The Radio é super difícil de se classificar, não sei que diabo de estilo é aquilo - acho que é algo que só vai receber um nome daqui a vários anos quando finalmente derem valor a quem está inovando agora. O som que na minha cabeça é o do início dos anos 00 é aquele derivado de Strokes, mas o do fim da década é dessa moçada - TV On The Radio, Liars, The Knife, Ladytron e por aí vai.
O que essas bandas tem em comum? Além da vontade de experimentar, uma certa noção de que cada membro da banda é um produtor, e não "esse é o baixista, esse é o guitarrista, esse é o batera". Na verdade todas pessoas que participam da banda são "criadores de música" - e que utilizam qualquer ferramenta, instrumento e influência à disposição. Essas bandas são rock? Sim. Eletrônico? Também. Pesadas? Dançantes? Ás vezes. O que é constante é que todas tem estilo próprio e sepre te surpreendem. No caso específico do TV On The Radio, a onda tende para o funk (funk George Clinton e não funk carioca!!) - mas é uma espécie de funk futurista dançante eletrônico experimental, se você conseguir imaginar isso. Ah, e eles tem um dos melhores vocalistas da atualidade - parece um cantor de soul louco e viciado em David Bowie. O último disco deles - Return To Cookie Mountain - para mim é um dos melhores da década e esse novo conseguiu ser melhor ainda. Se quiser entender o que está acontecendo com o rock hoje, para mim este é o caminho. E também pela milionésima vez: escute Liars!!!!

Acho que Pig Destroyer é a única banda grind legal do mundo. O nome (segundo eles) é um sinônimo de "Cop Killer" e, ao contrário dos outros grinds que eu conheço, em vez de esfregar os instrumentos tem realmente milhões de coisas realmente acontecendo muito rápido - cheio de nuances e de sacadas bacanas e de lances que tornam a música ainda mais pesada e legal, fora a falta de medo de experimentar (rola uns efeitos esquisitos no vocal, uns tempos quebrados bizarros e por aí afora). Acho que é o máximo que dá para esperar do estilo, e se você não se incomoda com coisa MUITO pesada e MUITO from hell recomendo conhecer.
Sly And The Family Stone - Greatest Hits

TV On The Radio - Dear Science

Para mim uma das melhores e mais relevantes bandas da atualidade, e uma das poucas que faz um som que eu entendo como "não é a milionésima derivação de alguma outra coisa". TV On The Radio é super difícil de se classificar, não sei que diabo de estilo é aquilo - acho que é algo que só vai receber um nome daqui a vários anos quando finalmente derem valor a quem está inovando agora. O som que na minha cabeça é o do início dos anos 00 é aquele derivado de Strokes, mas o do fim da década é dessa moçada - TV On The Radio, Liars, The Knife, Ladytron e por aí vai.
O que essas bandas tem em comum? Além da vontade de experimentar, uma certa noção de que cada membro da banda é um produtor, e não "esse é o baixista, esse é o guitarrista, esse é o batera". Na verdade todas pessoas que participam da banda são "criadores de música" - e que utilizam qualquer ferramenta, instrumento e influência à disposição. Essas bandas são rock? Sim. Eletrônico? Também. Pesadas? Dançantes? Ás vezes. O que é constante é que todas tem estilo próprio e sepre te surpreendem. No caso específico do TV On The Radio, a onda tende para o funk (funk George Clinton e não funk carioca!!) - mas é uma espécie de funk futurista dançante eletrônico experimental, se você conseguir imaginar isso. Ah, e eles tem um dos melhores vocalistas da atualidade - parece um cantor de soul louco e viciado em David Bowie. O último disco deles - Return To Cookie Mountain - para mim é um dos melhores da década e esse novo conseguiu ser melhor ainda. Se quiser entender o que está acontecendo com o rock hoje, para mim este é o caminho. E também pela milionésima vez: escute Liars!!!!
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segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Mushishi

Como na maior parte das vezes o Mushishi é uma pessoa que vê e tende a atrair Mushis, é incomum que um deles fique em uma área muito tempo (para que ela não se torne um ninho). A maioria dos Mushis é viajante e passa de cidade em cidade ajudando a solucionar questões estranhas causadas por estas criaturas. Pessoas que começam a congelar mas não morrem, criaturas feitas de escuro que fazem você se esquecer do passado; um arco íris vivo ou uma ponte (que também vive) que só aparece uma noite a cada muitos anos.
A estrutura é um pouco repetitiva (chega em algum lugar, avalia um caso estranho, tenta resolvê-lo, vai embora) mas o conteúdo é tão criativo e bizarro e viajante que Mushishi se tornou fácil um dos melhores animes que eu já vi. É bem lento - na verdade tem um ritmo próprio que você precisa de um tempo para se adaptar - mas depois que você aprende a não dormir assistindo você percebe que ele é um universo paralelo que anda mais devagar que o seu e que o absorve no seu ritmo - e graças a Deus por isso. É o tipo de śerie que te deixa curioso para saber o que de mais estranho vai aparecer e que sempre consegue te surpreender.
Mushishi é um bocado poético - a animação é LINDA, as músicas japonesas de fundo são completamente viajantes e a história muitas vezes é adulta e pesada. Você não vai querer mostrar para seus filhos. É um anime puxado para o lado artístico, original, raro, e foda. Quem dera se 1% deles fossem assim. Aliás, quem dera se 1% da produção cultural no geral fosse assim.
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