
Uma das últimas bandas com esse espírito garageiro minimalista que eu ouvi e gostei de verdade foi os Thermals. A banda é só uma mina e dois caras que gravam exatamente como tocam na garagem (aliás, definem o som deles como "produto natural de milhões de horas na garagem"). Só que não são 3 caras quaisquer. São 3 caras que tem a manha total de fazer um som punk simples - mas moderno, milagrosamente não é a milionésima repetição de alguma outra banda punk - e honesto. Esse papo de garagem deve estar fazendo você pensar que é sujo, pesado e caótico. Mas Thermals é melódico (normalmente eles são classificados mais como indie que punk) e limpo, só que elétrico demais. O vocal é desesperado - às vezes beira o histérico - mas consegue ser um cara desesperado que canta limpo e bonito, sobre temas bacanas (o último disco é uma espécie de viagem em uma américa alternativa dominada pelo fascismo cristão - veio na minha mente o grito de "they tell me what to feel!!!!!!! - lindo!).
Tudo com os Thermals é limpo, rápido e direto, e é absurdamente cativante. Acho que é difícil fazer a banda soar interessante no papel porque destrinchando seus elementos parece ser algo muito básico, mas a fagulha de genialidade aparece de cara quando você escuta - é exatamente o tipo de som que quando toca em uma festa você vê uma galera tentando olhar na tela do ipod para saber o que é aquilo. Tente imaginar um Weezer mais punk com um vocalista mais agressivo cantando sobre política em vez de sobre ele mesmo. Ou tente imaginar um Buzzcocks moderno e pendendo mais para o indie. Ou não tente imaginar nada e dê uma chance para uma das pouquíssimas bandas atuais que está salvando o punk.
Comece por - The Body The Blood The Machine
Um comentário:
BAIXANDO!
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