quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Da Série Playlist - O que anda torrando a bateria do meu ipod para o bem e para o mal

Melechesh - Emissaries

Quando eu estive em Amsterdã, pedi para o camarada da loja de discos me mostrar alguma coisa legal que eu só conseguiria comprar lá e em mais nenhum outro lugar. Ele me falou dessa moçada que é de Israel - são árabes na veia mesmo - e que fizeram uma banda de black metal from hell. Obviamente isso não dá muito certo e eles foram meio que banidos de lá, então estavam morando em Amsterdã e lançaram esse cd por lá. Escutei na loja e pirei na hora - metalzão from hell do cramunhão porém misturado com música árabe - as percussões, sons de sítara, estruturas e melodias bem orientais no meio do pau quebrando. É MUITO FODA. Já tinha me ocorrido antes que essas melodias árabes poderiam funcionar num contexto mais sinistrão e achei bacana ver alguém fazendo. Não perca se gosta de metalzão (pare de ouvir Death Magnetic e vai ouvir metal de verdade :-D).

Libertines - Up The Bracket

Conheço desde a época que saiu, porém tinha meio que largado esse disco pelo segundo e mesmo os segundo tinha um bom tempo que eu não ouvia. Agora retomei e me lembrei o tanto que o primeiro disco dos Libertines é fodaço. Claro, é derivativo - lembra The Clash, parece muito com The Jam e é também um pouco "resposta inglesa aos Strokes" - mas é tão largado e zoado e passa tanto a sensação que as pessoas se divertiram muito tocando isso que na terceira música você desencana disso. Retomando o comentário de ontem sobre a imprensa, esse é o tipo de banda que o hype atrapalha - são tanto falados por fazer merda e etc. que todo mundo esquece que antes de tudo havia música ali, e música bacana.

PJ Harvey - Dry

Da discografia da PJ Harvey foi o que eu menos ouvi e é um dos mais fodas. Tudo dela é essencial e o Dry é da época em que a menina era bem selvagem e furiosa (de vez em quando ela retoma esse lado dela), obsessiva, melodramática e na veia demais. Trilha sonora da TPM mais rock do mundo feita com 3 acordes espancados numa Fender Telecaster. Coitado de quem ainda não escuta PJ Harvey - não sabe o tanto que o desespero pode ser divertido.


Throbbing Gristle - DOA Third And Final Report

Escutei porque saiu na minha amostragem aleatória do livro (1001 discos). Throbbing Gristle foi um dos criadores do som industrial - junto com Neubauten e aquela moçada toda - e foi muito importante historicamente, ousado, chocante, marcante, influencial etc. Pena que eu encaixo naquele tipo de música que é 99% conceitual - é tipo "que legal que você está gerando música de um aspirador de pó", "olha eles estão fazendo sexo no palco", "veja só ele fez uma música com as ameaças de morte que deixaram gravadas na secretária eletrônica" mas para ouvir mesmo, não dá.

L7 - Bricks Are Heavy

L7 para mim sempre foi meio que um Motorhead de mulheres. Pesadão, agitado e com espírito muito rock-cerveja-diversão-vão-se-fuder deu um show histórico no Brasil e ainda tinham uma veia melódica (meio melódico lesado mas...) que torna a banda irresistível. Na verdade eu nem precisava elaborar: só o simples conceito de "Motorhead de muié" já é motivo suficiente para escutar. 100% garantido de aumentar a diversão (e de diminuir o nível :-D) de qualquer festa sua.

2 comentários:

fabs disse...

uhuuu! libertines comanda o batatal!

Luiz Augusto disse...

Nó, fui olhar o perfil do Asmodai no myspace e vi q agora já tem mais meia dúzia (ou mais!) de bandas com esse nome lá!!!