SEMANA TOP 2008 - Quarta Feira

Vampire Weekend - Vampire Weekend

Tenho certeza que Vampire Weekend vai ser mais um ótimo exemplo de banda que é prejudicada pelo hype. Estão sendo muito falados em tudo quanto é lado, o tempo todo, em todos os lugares, pelo menos nos lugares onde importa.Aí a reação quase sempre é a de revertério: as pessoas ficam com a expectativa irreal, esperam ouvir o melhor disco do mundo, pegam antipatia por causa da exposição em excesso e entram na onda mais idiota do mundo que é o já clássico "só gosto do que ninguém conhece" ou "se ficou famoso é ruim" (o Guto apareceu no fim de semana com uma ótima camisa ironizando isso).Portanto, daqui a pouquinho todos vão ter que falar que odeiam Vampire Weekend (vai acontecer o mesmo com o Crystal Castles). Já estou adiantando que para mim é um dos melhores discos do ano.E é um disco simples e gostoso de ouvir: o Vampire Weekend são um bando de garotos novinhos de Nova York que resolveram fazer um som indie misturado com pop africano (!). Não é tão novidade assim (Paul Simon já fazia isso) mas serviu para várias coisas legais: conhecer um som diferente e curtir umas músicas que são levinhas, divertidas,ensolaradas, dançantes, despreocupadas e viciantes.Concordo com uma crítica que eu li que diz que não é um disco impactante que você horroriza com as músicas; é mais um disco que você pode deixar rolando a qualquer hora - na minha experiência pessoal descobri que é a melhor música para ouvir cozinhando do mundo, coloque eles em um almoço para amigos para você ver - e que você acaba querendo ouvir de novo o tempo todo.

Raveonettes - Lust Lust Lust

Raveonettes é uma banda de um cara e uma garota (que não os White Stripes) que fazem música dividindo os vocais, programando batidas em uma drum machine e depois colocando guitarras. Vindos da Dinamarca e completamente viciados em rock véio, a onda dos Raveonettes é gravar músicas divertidas-bonitinhas típicas da década de 60 porém com letras marginais e bem dark (estilo Velvet Underground) e meio que sabotando essas músicas divertidinhas inserindo um monte de microfonia e guitarras que são mais barulho que música. E mesmo assim não deixa de ser pop. Para mim é uma das bandas mais relevantes da atualidade.O disco novo Lust Lust Lust é todo sobre sexo e suas consequências (as boas e as más) e deveria vir com um adesivo "este disco só pode ser escutado no volume máximo do seu som".Baixe a música "Aly Walk With Me", escute no talo e seja expulso do seu prédio por uma boa causa.

(a imagem não está com pau a capa do disco é desfocada mesmo)

The Kills - Midnight Boom

The Kills é uma banda de um cara e uma garota (que não os White Stripes) que fazem música dividindo os vocais, programando batidas em uma drum machine e depois colocando guitarras. Me repetindo? É só coincidência mesmo.A garota é americana e só tocou em bandas ultra punk anarquistas antes (uma muito famosa inclusive - Discount) e o rapaiz é inglês. Quando as bandas anteriores deles acabaram coincidiu de estarem dormindo no mesmo hotel e a Alison Mosshart (a garota) escutou o Jamie Hince (o rapaz) tocando guitarra no andar de cima, bateu na porta e começaram outra das bandas que eu considero uma das mais legais da atualidade.Se afastando do passado punk o som deles é mais para pop-indie, mas bastante direto e "bad ass" - também tem letras legais e é super minimalista, as músicas são simples, não tem quase nada acontecendo em cada momento e mesmo assim é empolgante. Rola meio uma tensão sexual entre os dois, todo mundo tem certeza que ele catuca ela mas eles não admitem :-) A banda se auto-define como PJ Harvey + LCD Soundsystem.Li num blog que durante show deles esses dias o palco foi invadido por um monte de bombeiro e todo mundo (inclusive a banda) custou para sacar que era sério o negócio. Aí um bombeiro pega o microfone e grita "rock and roll!!", eles vão embora e o show continua. Legal!

No aguardo de: Ladytron - Velocifero